Será agora o momento certo de vender aquelas ações? Terceirizar serviços vai ajudar a empresa a sair de uma crise? Investir em tecnologia vai agilizar processos? Decisões de negócios como essas são importantes, mas podem não dar bons resultados se tomadas de forma em um momento em que as emoções estejam a flor da pele. É para evitar isso que a Philips e o banco holandês ABN Amro estão desenvolvendo a Rationalizer, uma pulseira que avisa ao usuário se ele está estressado demais para concluir um negócio ou tomar uma decisão.
Os estudos de pesquisadores mostram que investidores não agem só racionalmente. Seu comportamento é influenciados por emoções, principalmente medo e ganância. Isso compromete a sua capacidade de tomar decisões.
A pulseira “da razão” tem sensores que avaliam o estado emocional de uma pessoa e emitem sinais via ondas de rádio para uma tigela luminosa, que brilha de acordo com a intensidade das emoções. Amarelo indica tranquilidade. Laranja é sinal de alerta. Se chegar a vermelho, é hora de tirar um tempo para esfriar a cabeça e refletir.
A tecnologia usada é chamada de “sensor galvânico de resposta cutânea”. “É uma forma legal de dizer que a pulseira mede a intensidade do seu suor”, diz Geert Christiaansen, designer-chefe de desenvolvimento de negócios da Philips. No entanto, a Rationalizer não faz distinção entre emoções positivas ou negativas. Apenas mede a sua intensidade.Segundo Paul Iske, do ABN Amro, os testes foram bem sucedidos, especialmente em homens. “As mulheres são menos emocionais nos investimentos”, afirma Iske. “Já os homens são mais apegados a essas questões.”
Um protótipo está em exposição em um fórum de inovação realizado em Bruxelas, capital da Bélgica. “É uma tecnologia precisa e rápida”, diz Christiaansen. “Vocês verão essa idéia aplicada a vários produtos, mas só daqui a alguns anos.”
Fonte/crédito: com permissão de Rafael Barifouse (Blog Tecneira, da Época Negócios).
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