terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O que você acha das mudanças nas cédulas do Real?

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o lançamento da segunda família de cédulas do Real. O Banco Central e a Casa da Moeda do Brasil (CMB) lançaram as novas cédulas que, até 2012, serão substituídas gradativamente. A medida tem gerado polêmica principalmente sobre os custos, onde em artigos e fóruns de discusssões na internet, pessoas dizem que é muito dinheiro para tal mudança e que há outras prioridades de investimento no país.


Detalhes na mudança do design podem ser observados. A grande mudança, no entanto, está nas dimensões, onde quanto maior valor, maior o tamanho da cédula. Confira:

2 reais - 12,1cm x 6,5cm;
5 reais - 12,8cm x 6,5cm;
10 reais - 13,5cm x 6,5cm;
20 reais - 14,2cm x 6,5cm;
50 reais - 14,9cm x 7,0cm;
100 reais - 15,6cm x 7,0cm.

O site da Casa da Moeda do Brasil, em notícia sobre este assunto, afirma que:

"O objetivo maior é tornar o dinheiro brasileiro ainda mais seguro, agregando as mais modernas tecnologias de produção às notas. No primeiro momento, as modificações serão introduzidas nas cédulas de R$ 100,00 e de R$ 50,00, que, por serem de maior valor, demandam maiores cuidados contra falsificações.

A previsão é de que, num prazo de dois anos todas as cédulas novas estejam em circulação.
Para atender a esta demanda, a Casa da Moeda fez um investimento de R$ 400 milhões na compra de novas máquinas, adquirindo duas linhas de produção de cédulas, transformando o parque gráfico da empresa num dos mais modernos do mundo."

Estudos sobre a substituição das cédulas estimam um aumento de 28% nos custos de produção. Este aumento se refere à aquisição de insumos mais sofisticados, e também à depreciação dos novos equipamentos instalados na CMB. É importante observar que boa parte dos equipamentos teria que ser adquirida, ainda que o design das cédulas fosse mantido, por uma questão de necessidade de ampliação da capacidade fabril da CMB.

É interessante analisarmos os prós e os contras desta mudança, levando em conta se o custo-benefício será positivo. Para tanto, levantemos alguns questionamentos como:

Vida útil do dinheiro: a composição do material das nova cédulas possui componentes que as tornam mais duráveis?
Falsificação de cédulas: as novas estratégias que serão implantadas na confecção do novo dinheiro agrega mais segurança, dificultando a falsificação?
Atendimento a deficientes visuais: neste ponto, creio que a medida foi brilhante, pois os deficientes visuais enfrentam sérias dificuldades para distinguir as cédulas de hoje. Imagine-se deficiente visual, pagando uma cédula por um doce, por exemplo, e receber moedas como troco (sem saber que teria entregue uma nota de R$ 100,00!!).
Além dessas questões, custos adicionais como as mudanças nas caixas dos terminais de autoatendimento devem ser considerados.

Na minha opinião, pelo que tenho lido até então, creio que a mudança será mais positiva que negativa, considerando segurança, manuseio e vida útil do dinheiro. Para uma decisão como essa, o órgão competente há de ter feito, no mínimo, um estudo a fim de verificar a viabilidade ou não da implantação desta mudança.


E você, caro (a) leitor (a), o que acha da nova mudança?

O que consultei: Site do Banco Central do Brasil e site da Casa da Moeda do Brasil.
Imagem: divulgação.

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